Em
assembleia realizada na manhã desta quarta-feira, 23, os Profissionais
da Educação da rede municipal de ensino de Vitória da Conquista
deflagraram greve por tempo indeterminado. O movimento foi motivado
pelas inconsistências encontradas no confronto das contas da Educação,
realizado entre o SIIMMP e a PMVC, no se refere ao pagamento de pessoal,
bem como à morosidade nos avanços das negociações relativa à
reformulação do Plano de Carreira e demais cláusulas do termo de
repactuação das relações de trabalho da categoria.
Nas contas feitas pelo sindicato, a
diferença financeira das despesas da educação chega a quase dois milhões
de reais, mensal. Por esse motivo, a diretoria solicitou da
administração o envio da folha de pagamento com o salário bruto dos
trabalhadores que recebem pela referida pasta para análise mais
aprofundada. Porém, até esta quarta-feira não obteve retorno. Aliás, há
mais de quinze anos os professores solicitam estes dados, sem sucesso.
“A
prefeitura alega que não há verba suficiente para reformular a carreira
do magistério, entretanto, além de uma diferença financeira absurda, em
nossa pesquisa, nós encontramos diversos funcionários que são de outras
áreas recebendo pela folha da educação. Por isso, essas e outras
irregularidades serão averiguadas”, afirmou a presidente do SIMMP,
Geanne Oliveira.
Durante a assembleia, realizada no
auditório do Centro Integrado de Educação Navarro de Brito (CIENB), os
docentes apresentaram de forma bastante incisiva a insatisfação com os
rumos da educação do município, tanto no que se refere à estrutura das
unidades escolares quanto à valorização dos profissionais. Inclusive,
estes relembraram a aprovação do plano de carreira em 2011, que deixou a
categoria desolada, quando reduziu a tabela salarial para apenas dois
níveis: magistério e nível superior, colocando em um mesmo patamar
graduados, pós-graduados, mestres e doutores.
“O governo municipal não tem uma
política pública de valorização dos seus profissionais. Existem cidades
menores que Vitória da Conquista que possuem tabelas bem melhores que a
nossa. Por isso, a greve é mais que justa. Se não lutarmos por nossos
direitos, não teremos avanços”, destacou a diretora de Assuntos Rurais
do SIMMP, Maria Lúcia Melo.
Após a assembleia, a categoria se
dirigiu em carreata para a porta da prefeitura, onde informaram ao
governo e a comunidade a realização do movimento grevista. À tarde,
Geanne Oliveira, que também é representante do Conselho Municipal de
Educação, participou de uma sessão do referido conselho para apresentar a
pesquisa do SIMMP aos conselheiros, bem como aos vereadores – que foram
convidados pelo sindicato a participar da discussão.
Nesta quinta-feira, 24, a partir das 14:30 horas, a categoria fará uma manifestação na Praça Barão do Rio Branco.
(SIMMP, 24/04/2014)
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