Professores estaduais denunciam que o
presidente da APLB – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado
da Bahia, Rui Oliveira, recebeu do Governo do Estado, em 2013, R$
24.747,00 em pagamento de jetons, que são verbas pagas para servidores
por participação mensal em conselhos de administração e fiscais de órgão
público. Este ano, ele já teria recebido R$ 6.916,00 por sua
participação nos conselhos estaduais de Educação e de Desenvolvimento e
Integração Regional.
Denúncias também dão conta que o diretor
financeiro do sindicato, Jorge Carneiro de Souza, também vem recebendo
pagamentos generosos do governo por sua participação no Conselho
Estadual de Educação. Em 2013, ele recebeu R$ 7.444,00 e, até abril
deste ano, R$ 2.114,00.
“No mínimo é suspeito este recebimento e
acredito não ser compatível com o cargo de presidente é diretor
financeiro da APLB. Lembro que os professores não queriam o acordo de
promoção e avanço salarial proposto pelo governo e, ainda sim, o
sindicato aceitou”, disse o deputado e líder do Democratas, Carlos
Gaban.
A APLB aceitou a proposta do governo de
conceder 14% de ganho em promoções, sendo 3,7% em julho deste ano, 5,15%
em 2015, e 5,15% em 2016, estes dois últimos a serem pagos pelo futuro
governador.
Insatisfeitos com a atuação do
sindicato, os professores reclamam ainda da inexistência de assembleias
com a categoria e do não encaminhamento das reivindicações da base.
Denunciam também que, através de uma manobra, o sindicato acabou com a
soberania da assembleia dos professores de Salvador, que tinha o poder
de decretar greve. Agora, a greve depende da aprovação de outras 18
regionais.
“A gente não conhece essas regionais.
Tem município que possui apenas 3 professores estaduais, o restante é
municipal e eles manipulam isso”, disse um professor.
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